Os homens e suas máquinas
Dia quente no autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília. Mais uma prova da Stock Car. O ano é 2009. Muita gente prestigiando aquela que é considerada a maior categoria do automobilismo brasileiro. Bom, sem muitas delongas, estava fazendo o meu trabalho para uma revista da cidade quando, na área dos boxes, vi uma cena que chamou a atenção para mais um “click”. Hoje resgatei essa imagem para postar aqui no blog. O piloto Felipe Maluhy, estava sentado no seu Peugeot 307, de número 33. Pensei: o que será que passa pela cabeça de um piloto, nos instantes que antecedem à corrida? O olhar dele parecia estar perguntando para o seu carro, “fiel” parceiro de corrida, se por acaso, ainda estava faltando algo que pudesse ser feito para melhorar o seu desempenho na pista... Essas parcerias entre homem e máquina sempre nos fazem, pelo menos prá mim faz, pensar numa cumplicidade quase que supra-humana. Algo que transcende a razão. Temos vários exemplos, mas o que lembro agora, foi o olhar meio que preocupado, um tanto distante, de Ayrton Senna, ainda nos boxes, há poucos instantes daquela que seria sua última corrida... É claro que tem aqueles que acham as máquinas são feitas apenas para atender às nossas mais variadas necessidades. No meu caso, as máquinas são outras... Prefiro chamá-las de câmeras. Minhas companheiras de trabalho e lazer. Minhas cúmplices do olhar.
Ah, uma observação: em 2009, Maluhy e sua máquina não conseguiram um boa colocação no campeonato. Espero que em 2010, os resultados sejam melhores.
Stock Car 2008 - Etapa Brasília
